PT | Mensagem do Presidente Honorário, Sr. Michel Bilquin
Uma Senhora de 83 anos, ainda activa...
A Câmara de Comércio Belgo-Portuguesa está a celebrar o seu 83º aniversário. Fundada com otimismo pouco antes da "guerra bizarra" de 1939, é uma das Câmaras mais antigas da Bélgica.
Durante a guerra de 1940-45, Portugal, que era neutro, adquiriu uma certa importância para os países ocupados: foi um importante ponto de encontro para os opositores do regime nazi e para muitos daqueles que queriam chegar aos países livres, como a Grã-Bretanha ou os Estados Unidos. Embora algo adormecida devido à guerra, a Câmara encorajou tais viagens de forma dissimulada.
O clima político deste período foi descrito no famoso romance de Erich-Maria Remarque "A Noite em Lisboa". Depois da guerra, a Câmara cresceu, trazendo consigo muitas empresas e membros individuais. Graças às quotas dos seus membros, e também a subsídios bastante generosos de Portugal, tornouse cada vez mais ativa, com muitas conferências, visitas da empresas e viagens promocionais a Portugal.
Nos anos 70, não era raro ver missões da Câmara com 30 ou 40 participantes para responder a convites do Gabinete de Turismo português (que tinha um grande escritório em Bruxelas) ou para visitar empresas portuguesas.
Em 1991, a Câmara participou ativamente nos vários eventos do Festival "Europalia Portugal", que foi um enorme sucesso na Bélgica. A Bélgica também concedeu subsídios à Câmara para encorajar o intercâmbio comercial entre os dois países.
Infelizmente, estas subvenções acabaram gradualmente de ambos os lados, e, nos anos 90, a Câmara teve de passar por um período de austeridade para se tornar auto-suficiente. Alojada no ICEP (mais tarde AICEP), que também teve de enfrentar uma política de austeridade em Portugal, a Câmara teve que seguir o seu próprio caminho.
Isto não a impediu de permanecer ativa e contar regularmente até 50 participantes nos eventos que organizou: viagem anual a Portugal (recordaremos em particular a realizada para a EXPO '98 em Lisboa), incluindo a Madeira e os Açores, jantares-conferências na Bélgica com oradores de prestígio (ministros de ambos os países, deputados europeus, professores de renome, líderes empresariais), organização de seminários, participação ativa nas visitas de Estado da Presidência Portuguesa....
Um dos destaques foi o jantar de gala organizado pela Câmara em 2005 no magnífico Château Sainte Anne, em Bruxelas, onde 150 participantes do mundo económico e político se reuniram para dar as boas-vindas ao Presidente Barroso, recém-eleito dirigente da União Europeia, que nos homenageou ao fazer a sua primeira aparição pública na Bélgica.
Hoje, a Câmara Belgo-Portuguesa não deixou de atuar, modernizando ao mesmo tempo os seus métodos de funcionamento e eliminando o seu escritório "físico" em favor de ferramentas informáticas.
Muitos novos membros belgas e portugueses, indivíduos, empresas ou organizações, aderiram e há já alguns anos que os membros portugueses estão à frente da associação, ao passo que, durante três quartos de século, foi quase exclusivamente belga.
O seu dinamismo não diminuiu, como mostra a presente Newsletter.
A senhora de 83 anos continua em forma e não está prestes a pensar na reforma...
EN | Message from the Honorary Chairman, Michel Bilquin
An 83 year old lady, still active...
The Belgian-Portuguese Chamber of Commerce is getting to its 83rd birthday.
Founded with optimism shortly before the "phoney war" of 1939, it is one of the oldest Chambers in Belgium.
During the war 1940-45, Portugal, which was neutral, acquired a certain importance for the occupied countries: it was an important rallying point for the opponents to the Nazi regime and for many of those who wanted to reach the free countries, such as Great Britain or the United States.
Although somewhat dormant, due to the war, the Chamber encouraged such rallies underhandedly. The political climate of this period was remarkably described in Erich-Maria Remarque's famous novel "The Night of Lisbon".
After the war, the Chamber grew, bringing in many companies and individual members.
Thanks to membership fees, and also to rather generous subsidies from Portugal, it became increasingly active, with many conferences, company visits and promotional trips to Portugal.
In the 1970s, it was not uncommon to see Chamber missions with 30 or 40 participants to respond to invitations from the Portuguese Tourist Office (which had an important office in Brussels) or to visit Portuguese companies. In 1991, the Chamber actively participated in the various events of the "Europalia Portugal" Festival, which was a huge success in Belgium.
Belgium also granted subsidies to the Chamber to encourage commercial exchanges between the two countries.
Unfortunately, these grants gradually dried up on both sides, and in the 1990s the Chamber had to go through a period of austerity to become self-supporting.
Housed in ICEP (later AICEP), which itself had to face an austerity policy in Portugal, it soon had to become self supporting.
This did not prevent it from remaining active and regularly counting up to 50 participants in the events it organized: annual trip to Portugal (one will remember in particular the one carried out for the EXPO '98 in Lisbon), including Madeira and the Azores, dinner-conferences in Belgium with prestigious speakers (ministers of the two countries, European members of parliament, renowned professors, business leaders), organization of seminars, active participation in the State visits of the Portuguese Presidency....
One of the highlights was the gala dinner organized by the Chamber in 2005 at the magnificent Château Sainte Anne, in Brussels, where 150 participants from the economic and political world gathered to welcome President Barroso, newly elected head of the European Union, who honored us by making his first public appearance in Belgium.
Today, the Belgian-Portuguese Chamber has not ceased to act, while modernizing its modes of operation and eliminating its "physical" office in favor of computerized tools.
Many new Belgian and Portuguese members, individuals, companies or organizations, have joined the association and for some years now, Portuguese members have been at the head of the association, whereas for three quarters of a century, they were almost exclusively Belgian.
Its dynamism has not wavered, as the present Newsletter shows.
The 83 year old lady remains "in the wind" and is not about to think about her retirement...
FR | Message du Président Honoraire, Mr. Michel Bilquin
Une dame de 83 ans, toujours active…
La Chambre de Commerce Belgo-Portugaise fête donc ses 83 ans.
Fondée avec optimisme peu de temps avant la « drôle de guerre » de 1939, elle est l’une des plus anciennes Chambres de Belgique.
Pendant la guerre 1940-45, le Portugal, qui était neutre, acquit une certaine importance pour les pays occupés: c’était un point de ralliement important pour les opposants au régime nazi et pour beaucoup de ceux qui voulaient gagner les pays libres, comme la Grande-Bretagne ou les Etats-Unis.
Bien qu’étant quelque peu en veilleuse, guerre oblige, la Chambre encouragea en sous-main de tels ralliements. Le climat politique de cette époque a été remarquablement décrit dans le célèbre roman d’ErichMaria Remarque « La nuit de Lisbonne ».
Après la guerre, la Chambre se développa , entraînant l’adhésion de beaucoup de sociétés et membres individuels.
Grâce aux cotisations de ses membres, et aussi à des subsides plutôt généreux du Portugal, elle connut une activité croissante, avec de nombreuses conférences, visites de sociétés et voyages promotionnels au Portugal.
Dans les années 1970, il n’était pas rare de voir des missions de la Chambre rassembler 30 ou 40 participants pour répondre à des invitations de l’Office du Tourisme portugais (qui avait un important bureau à Bruxelles) ou encore pour des visites d’entreprises portugaises.
En 1991, la Chambre participa activement aux diverses manifestations du Festival « Europalia Portugal », qui connut un immense succès en Belgique.
La Belgique également accordait des subventions à la Chambre, pour encourager les échanges commerciaux entre les deux pays. Malheureusement, ces subventions se tarirent progressivement des deux côtés, et dans les années 1990, la Chambre dut entamer une période d’austérité pour devenir « self-supporting ».
Hébergée à l’ICEP (devenue par après AICEP), qui elle-même dut faire face à une politique d’austérité du Portugal, elle dut voler bientôt de ses propres ailes. Cela ne l’empêcha pas de rester active et de compter régulièrement jusqu’à 50 participants dans les événements qu’elle organisait : voyage annuel au Portugal (on se souviendra notamment de celui réalisé pour l’EXPO ‘98 à Lisbonne), y compris à Madère et aux Açores, dîners-conférences en Belgique avec de prestigieux conférenciers (ministres des deux pays, parlementaires européens, professeurs réputés, chefs d’entreprises), organisation de séminaires, participation active aux visites d’Etat de la Présidence portugaise….
Un des points marquants fut le dîner de gala organisé par la Chambre en 2005 au magnifique Château Ste Anne, à Bruxelles, où se pressèrent 150 participants du monde économique et politique, pour accueillir le Président Barroso, fraîchement élu à la tête de l’Union Européenne, qui nous fit l’honneur de nous réserver ainsi sa première apparition publique en Belgique.
Aujourd’hui, la Chambre Belgo-Portugaise n’a pas cessé d’agir, tout en modernisant ses modes de fonctionnement et en supprimant son bureau « physique » au profit d’outils informatisés.
De nombreux nouveaux membres belges et portugais, individuels, sociétés ou organismes, y ont fait leur entrée et depuis quelques années, ce sont des Portugais qui sont à sa tête, alors que pendant trois-quarts de siècle, ce furent quasi-exclusivement des Belges.
Son dynamisme n’a pas faibli, comme en témoigne la présente Newsletter.
La dame de 83 ans reste « dans le vent » et n’est pas près de songer à sa retraite
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